UM BOM CONSELHEIRO
O
que faz de alguém um bom conselheiro? Num estudo de quatro anos conduzido com
pacientes hospitalizados e vários conselheiros, foi descoberto que os pacientes
melhoravam quando seus terapeutas mostravam um nível elevado de cordialidade,
sinceridade e compreensão empática correta. Quando faltavam essas qualidades ao
conselheiro, os pacientes pioravam. Essas primeiras descobertas foram apoiadas
por pesquisas subsequentes tanto com pacientes como com aconselhados não
hospitalizados. As qualificações do conselheiro são de tal importância que vale
a pena considerá-las em mais detalhe:
CORDIALIDADE
Este
termo implica em cuidado, respeito ou preocupação sincera, sem excessos, pelo
aconselhado — sem levar em conta seus atos ou atitudes. Jesus mostrou isto
quando se encontrou com a mulher junto ao poço. As qualidades morais dela
talvez deixassem a desejar, e ele certamente jamais aprovou o comportamento
pecaminoso; mas, mesmo assim, Jesus respeitou a mulher e a tratou como pessoa
de valor. Sua atitude calorosa, interessada CLÍNICA PASTORAL deve ter sido
aparente onde quer que fosse.
SINCERIDADE
O
conselheiro sincero é "real" — uma pessoa aberta, franca, que evita o
fingimento ou uma atitude de superioridade. A sinceridade implica em
espontaneidade sem irreflexão e honestidade sem confrontação impiedosa. Isto
significa que o ajudador é profundamente ele ou ela mesmo — não sendo do tipo
que pensa ou sente uma coisa e diz algo diferente.
EMPATIA
Como o aconselhado pensa?
Como ele se sente na verdade por dentro? Quais os valores, crenças, conflitos
íntimos e mágoas do aconselhado? O bom conselheiro mostra-se sempre sensível a
essas questões, capaz de entendê-las e comunicar eficazmente essa compreensão
(por palavras ou gestos) ao aconselhado. Esta capacidade de "sentir
com" o aconselhado é o que queremos dizer com compreensão empática
correta. É possível ajudar as pessoas, mesmo quando não entendemos
completamente, mas o conselheiro que consegue a empatia (especialmente no
início do aconselhamento) tem mais probabilidade de tomar-se um ajudador eficaz
de pessoas.
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