A cada dia tem se tornado comum crianças
inclusive a partir dos 6 anos e até às vezes menos que isso criarem a sua
página no facebook. Pela a falta de conhecimento em manusear a internet
acredito que essas crianças estão sob a supervisão dos pais. Será que é correto
desde cedo ter acesso a esse tipo de relacionamento via web? Será que é
prejudicial em alguma área comportamental da criança? Diante de algumas
indagações gostaria de saber qual é a sua opinião sobre a questão.
Abaixo segue a resposta de duas pessoas
que voluntariamente me responderam:
O
QUE VOCÊ ACHA DE CRIANÇAS TEREM O SEU PRÓPRIO FACEBOOK?
1ª Resposta: Eu, Joseilson Dias Ramos, Batista, Militar e Professor de História, sou
pai de um adolescente de 13 anos e de uma criança de 8 anos. Quando nasci, na
minha casa não tinha televisão, pois era uma tecnologia que ainda não tinha
chegado à minha cidade; já os meus filhos nasceram tendo contato com o
computador.
Historicamente e tecnologicamente o ser
humano está em constante processo de desenvolvimento. E, o Facebook é uma
ferramenta criada por jovens universitários para ampliar o enlace social,
porém, ao mesmo tempo é uma porta aberta para acesso a todos os tipos de clãs
existentes ao redor da terra.
Durante o período mais repressivo da
história brasileira, que foi a ditadura militar, a voz do povo clamava pelo
lema: "É proibido proibir". E, eu creio num Deus que não proíbe mas
que adverte quanto aos perigos e armadilhas de morte existente em cada ato
realizado pelo homem (Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. 1 Coríntios
6:12).
Antes que alguém diga que não convém
uma criança ter acesso ao Facebook, eu digo-vos que todos os dias utilizo uma
faca para cortar os alimentos e, quase todos os dias são exibidas, nas páginas
policiais, notícias de assassinato a facada. Então, o problema não está na ferramenta,
e sim, como ela é utilizada.
Uma família para ser forte tem que
existir a confiança entre os membros e não senhas e segredos. Logo, sou
favorável que as crianças tenham acesso ao Facebook, ressaltando que os pais
devem ter o pleno acesso a tudo o que os filhos venham a fazer ao ligarem o
computador.
2ª Resposta: Daiana
Pinheiro C. Mattos, esposa do Presbítero Marcello e mãe de duas crianças (05 e
02 anos).
Em minha opinião acho que a criança está
se desenvolvendo precocemente, pois ela troca as brincadeiras de criança para
estar se conectando com o mundo sem contar os perigos que como exemplo cito os
pedófilos que nunca mostram a sua verdadeira identidade. Uma criança nessa
situação pode se transformar numa vítima.
Mesmo com a supervisão dos pais não acho
correto, pois a internet está se tornando um vício e a cada dia as pessoas
estão mais viciadas e se tornando dependentes dessa tecnologia. Em alguns casos
pode-se comparar com o dependente químico. Pessoas bem casadas estão se
separando por causa da internet; as pessoas em todos os lugares estão andando
de cabeça baixa olhando para os seus celulares, tablets... A comunicação verbal
diminuiu muito devido ao facebook e outras tecnologias.
Por isso, não quero isso para os meus filhos.
Eles brincarão as brincadeiras de criança enquanto ainda são crianças.
Facebook... quem sabe lá na frente! E quando chegar a hora será com supervisão
do meu marido e minha.
Finalizo com o meu
ponto de vista de não achar correto que pais autorizem que seus filhos tenham
esse tipo de contato precoce. Abaixo
transcrevo o artigo que encontrei no site http://www.techtudo.com.br
que sintetiza com muita veracidade o que julgo ser correto.
1.
O Facebook é proibido para menores de 13 anos
De acordo com as
regras de uso do próprio Facebook, apenas adolescentes a partir de 13 anos
podem criar uma conta na rede social. Apesar de não existir um consenso sobre a
idade ideal, o objetivo é permitir apenas a entrada de pessoas que, mesmo ainda
muito jovens, já sejam capazes de separar o certo do errado e fazer escolhas
baseadas nos seus valores.
De acordo com a
coordenadora do Childhood Brasil, Erika Kobayashi, que trabalha em programas
sobre proteção infantil como o “Navegar com Segurança”, os responsáveis
precisam ficar atentos. “É importante que os pais monitorem seus filhos, e que
eles sigam as regras básicas estipuladas pelas redes. É muito importante ter a
consciência de que as crianças interagem de muitas formas diferentes e que isso
representa perigos”, afirma.
2.
Privacidade de fotos e posts expostos
Outro motivo para
manter as crianças menores de 13 anos fora do Facebook diz respeito à
privacidade de posts e fotos nas redes sociais. É que, mesmo que a nova geração
já tenha nascido no mundo online, informações importantes como a configuração
de privacidade, podem passar despercebidas se um adulto não 'blindar' o perfil
do menor como privado.
“Crianças sozinhas
em fotos de perfil ou nos álbuns jamais, isso é uma regra básica. Também vale
não disponibilizar publicamente as imagens delas em alta resolução. Cibercriminosos
podem usar as fotos de boa qualidade para montagens, ou disponibilizá-las em
sites de conteúdo abusivo e pornográfico”, disse Kobayashi. Além disso, manter
públicas fotografias de crianças pode ajudar outras crianças que praticam
bullying a usá-las de forma inadequada.
3.
Rastreamento e localização fácil
As conversas em
chats, em geral, oferecem a localização dos usuários na hora de enviar uma
mensagem via dispositivos móveis (smartphones e tablets) e alguns computadores.
Sem o bloqueio dessas funções, as crianças também podem se tornar alvo fácil de
localização.
Além disso, a
publicação imediata de fotos – ou os marcadores de fotos – com locais indicados
no Facebook, também contribui para localizar esses usuários facilmente.
4.
Contato facilitado com estranhos
Uma das funções
básicas do Facebook é aproximar pessoas conhecidas e permitir que o usuário
conheça outras novas por meio da plataforma. Por isso, qualquer pessoa pode ter
acesso ao perfil de uma criança, inclusive desconhecidos, se tiver conta na
rede social.
“Os pais precisam
ficar atentos aos contatos na rede social. É necessário orientar a criança a
não abrir a webcam para qualquer um, assim como não contar detalhes da vida
pessoal. Mas o principal, é o que vale na rua também: não conversar com
estranhos", orienta Kobayashi.
5.
Bullying, assédios e abusos
Nas redes sociais,
atitudes como o ciberbullying, o bullying virtual, se tornaram muito mais
corriqueiras, assim como assédios e abusos. Por isso, a orientação para ter
cuidado com o que é publicado, curtido, compartilhado e comentado na rede
social é extremamente válido.
O Facebook mantém
campanhas que orientam os usuários a não praticar bullying e avisar ao site
sobre atitudes ofensivas. É possível denunciar
posts, fotos, vídeos e perfis na rede social.
Assim, as
configurações de controle de fotos, a privacidade do perfil e a divulgação da
localização da criança se tornam fatores cruciais para a preservação da mesma
online.
6.
Spam, pornografia, violência
O Facebook não
possui ferramentas de controle dos pais na rede. Dessa forma, a criança fica
“livre” para ter o acesso a quaisquer conteúdos abusivos disponíveis publicados
por outros usuários. E, engana-se quem pensa que isso significa apenas
pornografia. Fotos, textos, grupos de discussão e vídeos violentos também
circulam pela rede social, e aos montes.
Há também
políticas internas para denunciar esse tipo de conteúdo inadequado na rede
social. Porém, a ferramenta de alerta não garante que o site fique livre de
imagens e textos abusivos que se reproduzem e se renovam todos os dias pelas
mãos dos próprios usuários.
7.
Links maliciosos, plugins e golpes
O número de
golpes, links e plugins maliciosos no Facebook também é grande. Em geral, eles
vêm acompanhados de imagens atrativas ou promoções que prometem viagens,
smartphones e uma infinidade de outros prêmios. Tudo isso chama a atenção de
usuários das mais variadas idades, incluindo crianças que buscam por jogos e
outras brincadeiras.
Ao acessarem tais
links e serem vítimas de golpes, os pequenos podem acabar divulgando dados
pessoais ou adquirindo algum vírus para o dispositivo que usam para acessar a
web.
8.
Conteúdo pago com dados do cartão dos pais
Os jogos são um
dos maiores atrativos para crianças no Facebook. No entanto, alguns conteúdos
deles podem ser pagos na rede social. Fazendo uso do cartão dos pais, mesmo
quando autorizado, a criança pode disponibilizar dados indevidos, ser vítima de
novos golpes bancários e vírus, ou mesmo fazer "compras" acima do
limite dado pelo pai ou pela mãe.
Papai
e mamãe estabeleçam limites para os seus filhos antes que eles se tornem
vítimas de pessoas más intencionadas.
Conforme
a Palavra de Deus em Eclesiastes capítulo 3 “Tudo tem o seu tempo”.
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