O PREGADOR E O SERMÃO
(Parte 5 e 6/6)
10. TIPOS DE PREGAÇÃO
Todos apreciam a variedade. Em razão disso, o
pregador deve esforçar-se para não se escravizar a um só tipo de mensagem, o
que prejudicaria o seu trabalho. Porém, ele tem que expor ao povo do Senhor
"...todo o conselho de Deus" (Atos 20:27). Nunca esquecer que em
determinadas ocasiões, o pregador deve trazer uma mensagem apropriada. EXEMPLO:
Num velório, a pregação deve ser mais séria; o pregador deve trazer uma
mensagem de esperança às pessoas que assistem. O servo de Deus deve ter sempre
em mente que numa ocasião desta, as pessoas estão mais receptivas do que,
quando assistem culto em uma festa de aniversário ou de casamento. No livro de
Eclesiastes encontramos as sábias palavras do rei Salomão: "Melhor é ir à
casa de luto (velório) do que ir à casa onde há banquete (festa); porque
naquela (no velório) se vê o fim de todos os homens, e os vivos (que estão no
velório) o aplicam ao seu coração" (Eclesiastes 7:2).
Há vários tipos de sermões, e naturalmente todos eles são úteis, mas aquele que prega o Evangelho deve aprimorar-se no tipo de sermão que mais lhe agrada. Porém, os tipos de sermões mais usados e conhecidos são estes três: TÓPICOS, TEXTUAL E EXPOSITIVO. Vejamos então, através de exemplos, como se desenvolve estes três tipos de sermões:
Sermão Tópico: Há vários tipos de sermões, e naturalmente todos eles são úteis, mas aquele que prega o Evangelho deve aprimorar-se no tipo de sermão que mais lhe agrada. Porém, os tipos de sermões mais usados e conhecidos são estes três: TÓPICOS, TEXTUAL E EXPOSITIVO. Vejamos então, através de exemplos, como se desenvolve estes três tipos de sermões:
Quando um assunto se desenvolve
através de comparação de diversos trechos da Bíblia. Muitos pregadores usam
este tipo de sermão, pois a vantagem de ser usado facilita com que o pregador
apresente um assunto mais completo. Jesus e seus apóstolos fizeram uso
largamente deste tipo de sermão. Vamos ilustrar aqui alguns sermões deste tipo:
I - Palavra da Cruz - I Coríntios 1:18-31.
1) Mensagem do
amor divino; 2) Mensagem da dor ou do sofrimento; 3) Mensagem do perdão; 4)
Mensagem da vitória.
II - "Vinde" - Lucas
14:15-24.
1) Uma necessidade (do homem); 2) um
apelo (de Deus); 3) Uma oportunidade (para todos); 4) uma responsabilidade (dos
que escutam o convite)
III - Símbolo e Realidade - Números
21:1-9.
A serpente de
metal como um perfeito tipo de Cristo: 1) Providenciada por Deus; 2) Para
socorrer a um povo aflito; 3) Semelhante, mas distinta; 4) Levantada; 5) O alvo
da fé; 6) O suficiente.
Sermão Textual:
Quando não
apenas o assunto, mas de igual modo os pontos ou divisões são extraídos do
próprio versículo. Assim, o pregador analisa mais minuciosamente o conteúdo do
texto, explicando as suas verdades, ou salientando as suas frases. As divisões
da mensagem correspondem exatamente às cláusulas do versículo sobre o qual está
baseada. É de grande utilidade este método, pois consiste na interpretação do
texto da maneira mais completa.
Vejamos alguns exemplos de sermões textuais:
Vejamos alguns exemplos de sermões textuais:
I - A Mensagem do Evangelho - Atos
17:30-31
1) Divina: "Deus"; 2)
Perdoadora: "Não tendo em conta os tempos da ignorância; 3) Urgente:
"Agora"; 4) Universal: "A todos os homens, em todo o
lugar"; 5) Definida: "Que se arrependam"; 6) Responsabilidade
dos que a ouvem ou perigo de desprezá-la: "Há de julgar o mundo com
justiça".
II - Os verdadeiros seguidores de Cristo -
João 10:27-28.
1) Obedientes:
"ouvem a minha voz"; 2) Dedicados: "me seguem"; 3) Salvos:
"dou-lhes a vida eterna"; 4) Seguros: "nunca perecerão"; 5)
Protegidos: "Ninguém as arrebatará da minhas mãos"
Ou, ainda, estes outros:
Ou, ainda, estes outros:
Salmos 9:17
Baseando-nos no
Salmos 9:17, usamos o seguinte esboço: l) Uma classe: os ímpios; 2) uma
punição: serão lançados; 3) U lugar: o inferno; 4) Uma atitude: esquecimento de
Deus.
Mt 8:11
Usando Mateus
8:11, pregamos um sermão com as seguintes divisões: 1) A maior garantia -
"EU vos digo"; (a palavra infalível de Cristo); 2) A mais sábia
escolha: "virão"; 3) A mais ampla oportunidade: "do Oriente e do
Ocidente" (isto é, todos, a humanidade inteira); 4) O melhor descanso:
"sentarão"; 5) A mais doce companhia: "Abraão, Isaque e
Jacó" (todos os remidos); 6) A mais feliz habitação: "o reino de
Deus", o céu. Concluindo, analisamos, por contraste: 7) A mais lamentável
tragédia: ser lançado fora (por desprezar o Evangelho).
Sermão Expositivo:
É uma exegese da
Escritura, a análise de um trecho da Bíblia, com maior número de pormenores.
Tem sido, por certo, o tipo menos popular. Sem dúvida alguma, esse tipo de
sermão exige um estudo sério, uma meditação profunda. A essência do sermão
expositivo é a explicação detalhada de um trecho das Escrituras Sagradas
escolhido pelo pregador. Para este tipo de sermão, exige-se da parte do
pregador um cuidado especial, pois, se a exposição do trecho não for bem claro
em sua explanação, haverá da parte dos ouvintes uma interrogação ("no
ar") pelo fato de não te entendidos a mensagem.
O sermão expositivo possibilita maior conhecimento bíblico tanto para o pregador, como para os ouvintes. É um método rápido e eficaz para o fortalecimento ou edificação da igreja; dá mais honra à Palavra inspirada; a interpretação é mais exata, mais fiel, pois o mensageiro não tem oportunidade de afastar-se do texto sob o impulso da imaginação, e, enfim, a persistência ou hábito no seu uso torna-se uma grande bênção para o obreiro.
Vamos mostrar alguns sermões bíblicos desta categoria:
O sermão expositivo possibilita maior conhecimento bíblico tanto para o pregador, como para os ouvintes. É um método rápido e eficaz para o fortalecimento ou edificação da igreja; dá mais honra à Palavra inspirada; a interpretação é mais exata, mais fiel, pois o mensageiro não tem oportunidade de afastar-se do texto sob o impulso da imaginação, e, enfim, a persistência ou hábito no seu uso torna-se uma grande bênção para o obreiro.
Vamos mostrar alguns sermões bíblicos desta categoria:
I - A Mulher Cananéia - No trecho de Mateus
15:21-28.
1) Sua posicão - estrangeira; 2) Sua
necessidade - a filha enferma; 3) - Seu embaraço - aparente indiferença de
Jesus e repreensão do povo; 4) - Sua humildade, perseverança e fé; 5) -
Resultado: a cura.
II - A história do cego de nascença - No
capítulo 9 de João.
1) - Sua condição - cego, mendigo; 2)
- Sua oportunidade: encontrar-se com Jesus; 3) - Sua atitude - obediência, fé,
persistência; 4) - Sua cura - imediata, completa; 5) - Sua prova- as oposições;
6) - Seu testemunho corajoso - vs. 16, 33 e sobretudo o 25.
III - A parábola do Filho Pródigo (Lucas
15:11-24)
Podemos
considerar as diferentes atitudes do moço ou as suas várias situações. 1)
- Arrogância - "da-me"; 2) - Dissipação - "gastou tudo"; 3)
- Ruína total - padecendo necessidade; 4) - Humilhação - procurando emprego;
Despertamento - "caiu em si"; 6) - Decisão - voltando ao lar; 7) -
Recompensa - a recepção festiva.
IV - Uma série de condições para se ser
salvo, encontramos no trecho clássico de Isaías 55:1-8.
1) - Ter sede;
2) - Vir a Cristo; 3) - Receber de graça; 4) - Não demorar; 5) - Abandonar a
vida pecaminosa.
Creio que os
exemplos destes três tipos de pregação são mais do que suficientes para aqueles
que porventura podem aproveitar este estudo.
Bibliografias usadas neste trabalho:
Ajuda a Pregadores Leigos, de Edgar
Leitão.
Exposição do Novo Testamento, de Walter L. Liefild
A arte de pregar o Evangelho, de Plínio Moreira da Silva
Pastor Antônio Carlos Dias Bauru, SP antodias@uol.com.br
Exposição do Novo Testamento, de Walter L. Liefild
A arte de pregar o Evangelho, de Plínio Moreira da Silva
Pastor Antônio Carlos Dias Bauru, SP antodias@uol.com.br
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