“A
estultícia do homem perverte o seu caminho, mas é contra o Senhor que o seu
coração se ira.” (Pv 19, 3)
“Feliz o homem constante no temor de Deus; mas o
que endurece o seu coração cairá no mal.” (Pv 28, 14)
Era uma vez um homem
que tinha um bicho de estimação diferente: um camundongo, que ele amava de todo
o coração. Mas o camundongo adorava queijo. O homem guardava seu camundongo
dentro de uma casinha, e dispensava a ele todo o cuidado e conforto que o
coração de um camundongo pudesse desejar. O homem esculpiu uma portinha na
parede para seu amiguinho, e dava liberdade para ele entrar e sair como lhe
agradasse. E o homem lhe dava queijo de vez em quando, mas somente o suficiente
para um regime equilibrado.
Mas o camundongo queria mais. Com o passar do
tempo, o camundongo pensava mais e mais no queijo que tanto desejava.
Finalmente não aguentou mais. Sem que ninguém percebesse, saiu de sua casinha e
entrou no armário da cozinha, onde comeu um pouquinho de queijo. – Não é muito,
ele falou para si mesmo. – Ninguém vai reparar. Mas o “pouquinho” de queijo
logo se tornou uma boca cheia, e depois uma pata cheia, até que um dia, o
camundongo comeu e comeu até não aguentar mais.
Foi então que ouviu um barulho,
virou-se ... e viu Silvestre, o gato. – Porque o homem deixou-o entrar tão cedo
? O camundongo reclamou. Ele abandonou o queijo que estava saboreando, mas
não sem pegar mais uma beliscada. De repente o gato o viu. Começou a correr
para a sua casinha, com o gato logo atrás. Quando chegou à porta segundos antes
do seu grande inimigo, descobriu que não conseguia mais passar por ela. Havia
comido demais! Com um grito o camundongo xingou o homem por ter feito uma porta
tão estreita. E Silvestre comeu o camundongo recheado de queijo, e viveu feliz
para sempre.
Como esta fábula ilustra o que muitas vezes acontece
no relacionamento entre o homem e Deus ? O coração endurecido vira suas costas para Deus e sua Palavra,
e se destrói no processo, mas depois culpa o próprio Deus!
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