segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Robert Reid Kalley (missões no Brasil)

 

 
 
 
 
No Brasil em 10 de março de 1557 oficializou-se o primeiro culto protestante, em língua francesa, segundo o ritual calvinista. Em 1624 e 1630 ocorreram cultos sob a forma litúrgica das igrejas reformadas por cristãos evangélicos holandeses. Sem receber influência religiosa por parte de missionários evangélicos, ainda prevalecia o poder do Santo Ofício da Inquisição. Em 1810 e 1834 estabeleceu-se em condições permanentes igrejas evangélicas, porém destinadas somente aos crentes ingleses e alemães. Houve uma tentativa de se estabelecer pelos metodistas um trabalho em língua portuguesa, mas não houve êxito. A implantação definitiva do evangelismo brasileiro, em língua portuguesa teve seu pioneirismo com a chegada do Reverendo Robert Reid Kalley, exatamente no dia 19 de agosto de 1855, em Petrópolis, cidade sede do governo imperial. O Reverendo Kalley, cidadão escocês, ministro de origem presbiteriana, formado em medicina, filosofia e teologia, juntamente com sua esposa, tinha sofrido uma feroz perseguição em Funchal, capital da madeira em 1938, por parte de um clero católico ciumento. Fugiu de lá disfarçado como se fosse uma anciã. Com a ajuda da igreja Livre da Escócia chegou no continente sul-americano, fundando no Brasil então uma igreja evangélica de sistema de governo congregacional (sistema eclesiástico democrático), a partir de então, muitas coisas importantes foram realizadas com relação a contribuição do Reverendo Kalley no Brasil:


- O casamento de evangélico e demais não-católicos com efeitos civis;

- O direito de sepultamento dos evangélicos e não-católicos em cemitérios públicos; e

- A certidão de nascimento, que era antes fornecida pela igreja romana, passou a ser algo concedido pelo governo;

- Liberdade para a venda de Bíblias (o que era ilícito até 1868); e

- Separação entre Igreja e Estado.

Dessa forma, deixou um campo livre, aberto para as demais denominações avançarem no Brasil.
 
 
Fonte: Missiologia, FATCH (apostila, pág. 12)

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