Porque Jericó é
o mais famoso dos sítios da conquista, ela tem sido o assunto mais frequente na
investigação arqueológica. A mais recente escavação foi realizada pela arqueóloga
Kathleen Kenyon na década de 1950. Ela concluiu que o sítio antigo tinha sido
destruído e abandonado 150 anos antes do tempo que a Bíblia diz que ocorreu a
conquista. A evidência dela tem sido desafiada por Bryant Wood.
Kenyon baseou
sua datação no que ela não encontrou — ou seja, cerâmica cipriota importada.
Wood, por outro lado, analisou a cerâmica cananita local escavada por varias
expedições a Jericó. Sua análise indica que Jericó foi destruída por volta de
1400 a.C. (o fim do período da Idade do Bronze Antigo I), ao invés de 1550 a.C.
como declarado por Kenyon. E mais, Wood tem demonstrado que uma vez que a
destruição esteja corretamente datada, a evidência arqueológica se harmoniza
perfeitamente com o registro bíblico:
1. A cidade era extremamente
fortificada no período da Idade do Bronze I, o tempo da conquista de acordo com
a cronologia bíblica (Js 2.5,7,15; 6.5,20);
2. A cidade foi destruída
pelo fogo (Js 6.24);
3. Os muros de fortificação caíram no
mesmo tempo em que a cidade foi destruída, possivelmente por uma atividade
sísmica (Js 6.20);
4. A destruição ocorreu no tempo da
colheita na primavera, conforme indicado por grandes quantidades de grãos
estocados na cidade (Js 2.6; 3.15; 5.10);
5. O ataque a Jericó foi breve, uma vez
que o grão estocado na cidade não foi consumido (Js 6.15,20);
6. Os grãos não foram saqueados, como
era usualmente o caso na antiguidade, de acordo com a ordem divina (Js
6.17-18);
7. Os habitantes não tiveram nenhuma
oportunidade de fugir com seus produtos alimentícios (Js 6.1); e
8. Jerico ficou abandonada por um
período seguinte a destruição, de acordo com a maldição de Josué (Js 6.26).
Wood também
ofereceu como apoio positivo:
1) Escaravelhos egípcios encontrados
nos sepulcros do sítio formam uma série continua do século XVIII ao século XIV,
demonstrando que o cemitério estava em uso durante o período da Idade do Bronze
I.
2) A estratigrafia da Cidade (o sitio
escavado por Garstang e Kenyon) mais tarde revelou 20 diferentes fases arquitetônicas
que duraram por longos períodos e sofreram doze destruições menores. Se, como Kenyon
declara, a cidade encontrou seu fim em 1550 a.C. no Bronze Médio II, então
todas estas fases teriam que ser encaixadas no período anterior — do Bronze
Médio III (1650-1550 a.C.), um tempo impossivelmente curto para tanta
atividade.
3) Uma amostra de radiocarbono tirada de um
pedaço de carvão nos detritos da camada da destruição final ofereceu a data de
1410 a.C. (aumentando ou diminuindo 40 anos).
A analise de
Wood acrescenta novo apoio arqueológico de que a Cidade em Jericó devia ser
datada em 1400 a.C. com Garstang e a cronologia bíblica.
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