quarta-feira, 15 de agosto de 2018

A evidência de Jericó segundo a Arqueologia





Porque Jericó é o mais famoso dos sítios da conquista, ela tem sido o assunto mais frequente na investigação arqueológica. A mais recente escavação foi realizada pela arqueóloga Kathleen Kenyon na década de 1950. Ela concluiu que o sítio antigo tinha sido destruído e abandonado 150 anos antes do tempo que a Bíblia diz que ocorreu a conquista. A evidência dela tem sido desafiada por Bryant Wood.

Kenyon baseou sua datação no que ela não encontrou — ou seja, cerâmica cipriota importada. Wood, por outro lado, analisou a cerâmica cananita local escavada por varias expedições a Jericó. Sua análise indica que Jericó foi destruída por volta de 1400 a.C. (o fim do período da Idade do Bronze Antigo I), ao invés de 1550 a.C. como declarado por Kenyon. E mais, Wood tem demonstrado que uma vez que a destruição esteja corretamente datada, a evidência arqueológica se harmoniza perfeitamente com o registro bíblico:

1. A cidade era extremamente fortificada no período da Idade do Bronze I, o tempo da conquista de acordo com a cronologia bíblica (Js 2.5,7,15; 6.5,20);

2. A cidade foi destruída pelo fogo (Js 6.24);

3. Os muros de fortificação caíram no mesmo tempo em que a cidade foi destruída, possivelmente por uma atividade sísmica (Js 6.20);

4. A destruição ocorreu no tempo da colheita na primavera, conforme indicado por grandes quantidades de grãos estocados na cidade (Js 2.6; 3.15; 5.10);

5. O ataque a Jericó foi breve, uma vez que o grão estocado na cidade não foi consumido (Js 6.15,20);

6. Os grãos não foram saqueados, como era usualmente o caso na antiguidade, de acordo com a ordem divina (Js 6.17-18);

7. Os habitantes não tiveram nenhuma oportunidade de fugir com seus produtos alimentícios (Js 6.1); e

8. Jerico ficou abandonada por um período seguinte a destruição, de acordo com a maldição de Josué (Js 6.26).

Wood também ofereceu como apoio positivo:

1) Escaravelhos egípcios encontrados nos sepulcros do sítio formam uma série continua do século XVIII ao século XIV, demonstrando que o cemitério estava em uso durante o período da Idade do Bronze I.

2) A estratigrafia da Cidade (o sitio escavado por Garstang e Kenyon) mais tarde revelou 20 diferentes fases arquitetônicas que duraram por longos períodos e sofreram doze destruições menores. Se, como Kenyon declara, a cidade encontrou seu fim em 1550 a.C. no Bronze Médio II, então todas estas fases teriam que ser encaixadas no período anterior — do Bronze Médio III (1650-1550 a.C.), um tempo impossivelmente curto para tanta atividade.

 3) Uma amostra de radiocarbono tirada de um pedaço de carvão nos detritos da camada da destruição final ofereceu a data de 1410 a.C. (aumentando ou diminuindo 40 anos).

A analise de Wood acrescenta novo apoio arqueológico de que a Cidade em Jericó devia ser datada em 1400 a.C. com Garstang e a cronologia bíblica.

 Fonte: Arqueologia Bíblica, por Randall Price.

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