sábado, 17 de agosto de 2019

Os objetivos bíblicos na criação dos filhos



 

 

A Bíblia nos ensina em Provérbios 22:6 “ensinar a criança no caminho em que deve andar, pois ao crescer não se desviará dele”. Isso demanda muito tempo e dedicação  por parte dos  pais. As crianças se inclinam para o mal (Provérbios 22:15 e Salmos 51:5) e faz-se necessário conhecer a sua natureza.

Existem metas na formação da criança que são:

- Buscar uma relação pessoal com Deus: A criança faz parte da família de Deus e deve se relacionar diretamente com Ele;

- Formação do caráter: A criança enfrentará responsabilidades e para isso precisamos capacitá-las a lidar com trabalhos, auto-disciplina, casamento, gostos e etc.;

- Formação Social: Deixar claro para a criança a consciência de sua identidade, capacidade de se relacionar com outros, assumir compromissos, e sujeição às autoridades; e

- Formação Física: Abrange a prática de esportes, hábitos alimentares e higiene adequada.

Os filhos são a herança do Senhor (Salmos 127:1) e devemos criá-los para honra e glória do Senhor. Independente da maturidade dos filhos devemos orientá-los e termos o cuidado em algumas áreas específicas que são:

- Exemplo: Os filhos aprendem com o que fazemos e não com o que falamos. Eles são absorvedores e observadores de nossas ações. Essa é a espinha dorçal no relacionamento entre pai e filho;

- Instrução: A instrução direciona e ordena a formação na vida dos filhos. Instruir significa ensinar, doutrinar, formar entre outras. As crianças não aprendem somente no ver, pois precisam ser instruídas também na honestidade, justiça, perdão, pudor entre outras. Cabe aos pais ainda, incentivar os filhos a desenvolverem sensibilidade espiritual, docilidade e boa disposição diante de Deus. Apesar das boas e devidas instruções que os pais possam dar, nada substitui o exemplo dos pais;

- Disciplina: A relação de uma criança com Cristo prospera na medida em que obedece a seus pais. Jesus Cristo trabalha na vida de um filho obediente. A obediência não é opcional e deve ser o objetivo final. A autoridade dos pais foi dada por Deus para formar e disciplinar a seus filhos e de Deus tem o respaldo. Sua autoridade independe se estar certo, mas sim de Deus de quem eles receberam (Colossenses 3:20-21, Provérbios 13:24, 19:18, 22:15 entre outras). Na disciplina, algumas informações são importantes:

- Aspectos importantes da disciplina: Deus estabeleceu os pais como responsáveis diretos pela conduta de seus filhos (Provérbios 4:19 e 1º Samuel 3:13-14). O pai é a figura central quanto a disciplina. Quando a mãe aplica a disciplina, o pai precisa apoiá-la. A esposa tem que ter o cuidado de não contradizer o seu marido. Já o marido precisa respaldar a esposa na presença dos filhos. Não se deve proferir ameaças e a disciplina precisa ser empregada logo após uma ofensa ou desobediência (Eclesiastes 8:11);

- Como deve acontecer a disciplina: A disciplina correta deve incluir a explicação do que aconteceu de forma que ela entenda o por que do ocorrido. O uso da vara é o último recurso e deve ter um momento de oração para que a criança entenda que também errou diante de Deus. O perdão deve prevalecer sendo este o elemento de reconciliação entre as partes não dando espaço para angústia e tristeza;

- O uso bíblico da vara: Isso sugere um castigo físico, porém o uso das mãos ou de objetos de uso pessoal foge do princípio. As mãos servem para acariciar e proteger. Cintos e chinelos ou fios devem ser reprovados. O uso da vara (varinha de madeira) representa uso exclusivo para correção e disciplina. As nádegas é o local ideal, pois não é um órgão vital e tem uma área carnosa. Disciplinar não é torturar, ferir ou espancar. É um ato futuro ordenado e corrigindo o futuro dos filhos;

- O melhor momento para se usar a vara: O uso é o último recurso e deve ser usada quando a criança não acata uma ordem ou por qualquer outra ofensa séria. Aplica-se sem ira e sobriamente. Disciplinar irado transmite sentimento negativo. Deve-se acalmar antes de agir e o objetivo é ensinar os filhos a obedecerem seus pais. O desejo de Deus é: “filhos, obedeci a vossos pais”. Os pais não podem permitir rebelião em seu lar; e

- Erros que podem ser acometidos na hora de aplicar a disciplina: A criança precisa saber o motivo da disciplina e não simplesmente um “concordo” da parte da criança. Outro entendimento é que a criança não pode realizar escândalos para impor a sua vontade. Caso ocorra, em lugares públicos os pais são expostos a vexames. Não se pode condicionar desculpas pelas atitudes erradas realizadas pelos os filhos nem tão pouco deixar ser manipulado por eles. Os pais necessitam ter um padrão de exigência onde os filhos percebam isso. Sendo assim, sua credibilidade aumenta por ser um exemplo perante os filhos.

Ainda sobre o assunto temos a parte do carinho. Todas essas ações precisam ser feitas expressando amor, pois os nossos filhos tem sentimentos e carências afetivas. Entende-se por carinho: afeto, meiguice, docilidade, atenção e cuidado. Todas essas maneiras são expressões de que amamos. Podemos expressar:

- Verbalização: Ato simples, porém importantíssimo. Dizer aos nossos filhos que o amamos é o mínimo que podemos fazer. Expressões como “eu amo você” e você e bênção de Deus” são palavras que produzem um ótimo resultado. Gostamos de ser amados e Deus faz isso por nós;

- Gesticulação: Faz-se necessário ter gestos carinhosos. Afagos, carícias, carregar nos braços, brincar, correr juntos entre outros, são exemplos práticos. É primordial esses exemplos juntos aos filhos;

- Valorização: Devemos ouvir os filhos em suas ideias e ideais. Se interessar pelos que se eles interessam dando oportunidades de se expressarem. Devemos levá-los a atingirem os seus objetivos e  alvos. Os nossos filhos precisam saber que são capazes e aceitos sendo respeitados como indivíduos; e

- Presentear: Trata-se de uma forma de demonstrar carinho, porém os brinquedos, hoje, industrializados tirou a importância de um brinquedo feito pelos próprios pais como antigamente era. Cada presente precisa ter um valor e jamais um presente poderá substituir a falta de tempo ou simplesmente de realizar a vontade da criança.  

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