O que faz de alguém um bom conselheiro? Num estudo de quatro anos conduzido com pacientes hospitalizados e vários conselheiros, foi descoberto que os pacientes melhoravam quando seus terapeutas mostravam um nível elevado de cordialidade, sinceridade e compreensão empática correta. Quando faltavam essas qualidades ao conselheiro, os pacientes pioravam. Essas primeiras descobertas foram apoiadas por pesquisas subsequentes tanto com pacientes como com aconselhados não hospitalizados. As qualificações do conselheiro são de tal importância que vale a pena considerá-las em mais detalhe:
1. CORDIALIDADE
Este termo implica em cuidado, respeito ou preocupação sincera, sem excessos, pelo aconselhado — sem levar em conta seus atos ou atitudes. Jesus mostrou isto quando se encontrou com a mulher junto ao poço. As qualidades morais dela talvez deixassem a desejar, e ele certamente jamais aprovou o comportamento pecaminoso; mas, mesmo assim, Jesus respeitou a mulher e a tratou como pessoa de valor.
2. SINCERIDADE
O conselheiro sincero é "real" — uma pessoa aberta, franca, que evita o fingimento ou uma atitude de superioridade. A sinceridade implica em espontaneidade sem irreflexão e honestidade sem confrontação impiedosa. Isto significa que o ajudador é profundamente ele ou ela mesmo — não sendo do tipo que pensa ou sente uma coisa e diz algo diferente.
3. EMPATIA
Como
o aconselhado pensa? Como ele se sente na verdade por dentro? Quais os valores,
crenças, conflitos íntimos e mágoas do aconselhado? O bom conselheiro mostra-se
sempre sensível a essas questões, capaz de entendê-las e comunicar eficazmente
essa compreensão (por palavras ou gestos) ao aconselhado. Esta capacidade de
"sentir com" o aconselhado é o que queremos dizer com compreensão
empática correta. É possível ajudar as pessoas, mesmo quando não entendemos
completamente, mas o conselheiro que consegue enfatizar (especialmente no
início do aconselhamento) tem mais probabilidade de tomar-se um ajudador eficaz
de pessoas.
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